quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Sinto-me longe, próximo ao caminho que trilhei.

Eu tentei fugir das minhas próprias verdades, me escondendo atrás de desculpas esfarrapadas que não me levavam a nada.
Tentei fingir que tudo estava certo, destruindo-me antes, pra depois arruinar nosso amor...
Tentei acreditar que era melhor assim, cada um seguindo seu próprio caminho. Não entendia que mais cedo ou mais tarde nos encontraríamos outra vez.
Não aceitei o fato de poder te perder, mesmo que essa fosse a única verdade absoluta no instante insano que enfrentei.
Confundi o inevitável, simplesmente evitando continuar.
Tudo estava tão claro, tão perto, agradável e eu hesitei. Preferi cortejar o medo e a dúvida. Estava longe de tudo o que há em mim, tudo que vem de mim.
Tentei voltar atrás, mas já era tarde, muito tarde. Você jogou-se nos braços de outro. Deixando-me vazio. Não a culpo por isso.  
Resta-me então reconstruir-me, mesmo sem o chão, sem o céu, sem o ar...
Acreditar que o amor retornará, mesmo sem saber quando e como. Este silêncio me tortura lentamente.
Por quê? Por que teve que ser assim? Eu juro, queria muito saber, entender... te ouvir, tocar teus lábios, sentir teu perfume em meu corpo. Voltar a viver. Queria tanta coisa.

Crônica escrita por Antonielson Sousa; visitem o blog Vozes Literárias. 

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