quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez,
com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente.



È chegamos ao fim de mais um ano, parece que tudo passou tão rápido né? E o que nos resta é saudade, lembrar, lembranças sejam elas boas ou ruins, e que em 2011 você possa viver, sonhar, amar, dançar, abraçar, cantar, pular, acreditar, desacreditar, sorrir, iludir, desiludir, que você vivenciar todos os momentos de tão aguardado Ano Novo.
Feliz 2011 ;)
Encerro com uma poesia do grande Carlos Drummond de Andrade.


Para você ganhar belíssimo Ano Novo cor do arco-íris, ou da cor da sua paz, 
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido (mal vivido talvez ou sem sentido
para você ganhar um ano não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, 
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser; novo 
até no coração das coisas menos percebidas (a começar pelo seu interior
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, mas com ele se come, se passeia, 
se ama, se compreende, se trabalha, 
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, 
não precisa expedir nem receber mensagens (planta recebe mensagens? passa telegramas?
 Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta. 
Não precisa chorar arrependido pelas besteiras consumidas nem parvamente acreditar 

que por decreto de esperança a partir de janeiro as coisas mudem 
e seja tudo claridade, recompensa, justiça entre os homens e as nações, 
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver. 
 Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome, 
você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, 

mas tente, experimente, consciente. 
É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.
 

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